Pedro Gabriel Lanza Reis, o Pe Lanza, é vocalista da banda Restart, fenômeno do pop-rock que vem alucinando adolescentes país afora. O disco de estreia do grupo, também chamadoRestart, foi lançado no início do ano passado e já vendeu mais de 100.000 cópias, número considerado bom em tempos de pirataria desenfreada. Quando sobe ao palco, Pe Lanza, 18, vai acompanhado por antigos colegas de escola: Pe Lu (guitarra e vocal), Koba (guitarra e vocal), e Thominhas (bateria), todos ex-alunos de um rígido colégio de freiras da capital paulista. A filosofia da escola parece ter aderido nos meninos: são garotos corretos, que abominam as drogas e defendem a família como patrimônio maior.
Prestes a começar a gravar um filme sobre a banda, com lançamento previsto para 2012, e um DVD ao vivo – o quarto título do grupo, que no final de 2010 lançou um CD com músicas em espanhol, o restart by day, e um DVD Karaokê –, Pe Lanza atendeu o site de VEJA com toda a sua simpatia.
Quem seleciona as roupas que você veste no palco?
Eu uso as mesmas camisetas desde os 11, 12 anos. Sempre pirei em cores e desenhos animados. Esse gosto sempre foi natural para mim e para o grupo. Esta é a maneira como a gente se comporta, não é questão de ser bom moço ou de querer deixar o sexo, drogas e rock and roll para trás. É sinceridade, acho que o rock sempre teve uma parada com liberdade, seja ela contestadora ou não.
E qual a postura da banda em relação à trilogia sexo, drogas e rock and roll?
Este tema teve um propósito intenso nos anos 1960, era época de ditadura e a ideia de sexo, drogas e rock and roll tinha um sentido de liberdade. Eles deviam pensar: “Vamos por um fim nessa coisa e mostrar que a voz ativa é nossa, saca?” Mas isso fazia sentido naquela época, acho que hoje está muito escrachado, virou carne de vaca. Tem menina perdendo a virgindade aos 12, 13 anos. Moleque usando droga, contribuindo com o tráfico…
Vocês não usam drogas?
Não, a gente é muito tranqüilo quanto a isso. Uma pessoa pode aproveitar o momento e curtir a sua balada sem precisar usar nada ou afundar em coisas que não são necessárias.
Nem álcool?
Não, não, a gente tem uma base familiar muito forte, sempre tivemos um diálogo aberto com os pais. A gente não pede nada alcoólico no camarim, não precisa se divertir mais no palco. Mas claro que quando vamos comemorar alguma coisa, bebemos. Se eu estou numa festa, tomo uma cerveja com os meus amigos. Todo mundo tem o direito de ser feliz, mas tem de ter um limite.
Mas vocês se consideram uma banda de rock?
Sim. Nossas origens vêm do rock, crescemos ouvindo isso… não dá para falarmos que somos uma banda de música pop ou sertaneja (risos).
Que influências a banda tem?
Tudo o que a gente gosta, tudo o que nos agrada acaba influenciando o nosso som. Não temos nenhum tipo de preconceito musical (os meninos do Restart gostam inclusive de Exaltasamba). É claro que as nossas influências estão mais do lado do rock, crescemos ouvindo Aerosmith, Guns N’ Roses e Oasis. Todos servem de inspiração para a gente até hoje, principalmente como postura de palco. A gente curte também a nova safra do rock, feita de bandas como o Blink 182. Nosso som é uma mistureba.
As críticas de roqueiros mais experientes como Lobão e Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, desestimulam a banda?
Já recebemos tanta crítica, desde o VMB em que fomos vaiados (o prêmio Vídeo Music Brasil, da MTV) depois de receber cinco troféus, que relaxamos. Mas tem umas coisas que eu não entendo e que chateiam. Nós dissemos que ouvimos muito Capital Inicial e que isso está presente no nosso som, e aí o Dinho disse que não, que não tem influência do Capital na música do Restart. Não cabe a ele decidir se a gente se influencia ou não pelo som dele.
Você acha que eles criticaram sem analisar direito?
As pessoas têm o costume de julgar um disco pela capa, isso é completamente normal. Mas o Dinho, pô, o Dinho não é leigo nem tem costume de falar coisas sem pensar, então, realmente fico admirado pelo fato de ele não conhecer o nosso trabalho e falar assim da gente. Mas espero que um dia ele mude de opinião, que vá a um show nosso e veja que não fazemos apenas som para menininhas
Prestes a começar a gravar um filme sobre a banda, com lançamento previsto para 2012, e um DVD ao vivo – o quarto título do grupo, que no final de 2010 lançou um CD com músicas em espanhol, o restart by day, e um DVD Karaokê –, Pe Lanza atendeu o site de VEJA com toda a sua simpatia.
Quem seleciona as roupas que você veste no palco?
Eu uso as mesmas camisetas desde os 11, 12 anos. Sempre pirei em cores e desenhos animados. Esse gosto sempre foi natural para mim e para o grupo. Esta é a maneira como a gente se comporta, não é questão de ser bom moço ou de querer deixar o sexo, drogas e rock and roll para trás. É sinceridade, acho que o rock sempre teve uma parada com liberdade, seja ela contestadora ou não.
E qual a postura da banda em relação à trilogia sexo, drogas e rock and roll?
Este tema teve um propósito intenso nos anos 1960, era época de ditadura e a ideia de sexo, drogas e rock and roll tinha um sentido de liberdade. Eles deviam pensar: “Vamos por um fim nessa coisa e mostrar que a voz ativa é nossa, saca?” Mas isso fazia sentido naquela época, acho que hoje está muito escrachado, virou carne de vaca. Tem menina perdendo a virgindade aos 12, 13 anos. Moleque usando droga, contribuindo com o tráfico…
Vocês não usam drogas?
Não, a gente é muito tranqüilo quanto a isso. Uma pessoa pode aproveitar o momento e curtir a sua balada sem precisar usar nada ou afundar em coisas que não são necessárias.
Nem álcool?
Não, não, a gente tem uma base familiar muito forte, sempre tivemos um diálogo aberto com os pais. A gente não pede nada alcoólico no camarim, não precisa se divertir mais no palco. Mas claro que quando vamos comemorar alguma coisa, bebemos. Se eu estou numa festa, tomo uma cerveja com os meus amigos. Todo mundo tem o direito de ser feliz, mas tem de ter um limite.
Mas vocês se consideram uma banda de rock?
Sim. Nossas origens vêm do rock, crescemos ouvindo isso… não dá para falarmos que somos uma banda de música pop ou sertaneja (risos).
Que influências a banda tem?
Tudo o que a gente gosta, tudo o que nos agrada acaba influenciando o nosso som. Não temos nenhum tipo de preconceito musical (os meninos do Restart gostam inclusive de Exaltasamba). É claro que as nossas influências estão mais do lado do rock, crescemos ouvindo Aerosmith, Guns N’ Roses e Oasis. Todos servem de inspiração para a gente até hoje, principalmente como postura de palco. A gente curte também a nova safra do rock, feita de bandas como o Blink 182. Nosso som é uma mistureba.
As críticas de roqueiros mais experientes como Lobão e Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, desestimulam a banda?
Já recebemos tanta crítica, desde o VMB em que fomos vaiados (o prêmio Vídeo Music Brasil, da MTV) depois de receber cinco troféus, que relaxamos. Mas tem umas coisas que eu não entendo e que chateiam. Nós dissemos que ouvimos muito Capital Inicial e que isso está presente no nosso som, e aí o Dinho disse que não, que não tem influência do Capital na música do Restart. Não cabe a ele decidir se a gente se influencia ou não pelo som dele.
Você acha que eles criticaram sem analisar direito?
As pessoas têm o costume de julgar um disco pela capa, isso é completamente normal. Mas o Dinho, pô, o Dinho não é leigo nem tem costume de falar coisas sem pensar, então, realmente fico admirado pelo fato de ele não conhecer o nosso trabalho e falar assim da gente. Mas espero que um dia ele mude de opinião, que vá a um show nosso e veja que não fazemos apenas som para menininhas
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